Nossa Mãe: Vida dedicada ao trabalho no Carmelo São José
?Nossa Mãe? viveu no Carmelo São José em Três Pontas e sua vida foi totalmente dedicada a Deus e aos irmãos.
Publicado em 15/01/2013 13:16 - Atualizado em 18/01/2013 16:44
“Nossa Mãe” viveu no Carmelo São José em Três Pontas e sua vida foi totalmente dedicada a Deus e aos irmãos.
As irmãs Carmelitas de Três Pontas vivem o início do processo de Beatificação de Nossa Mãe.
Desde que chegou de Roma a licença para a abertura do processo de beatificação de Teresa Margarida do Coração de Maria, “Nossa Mãe”, em 07 de julho de 2011, a vida das enclausuradas ganhou, literalmente, uma causa nobre.
O reconhecimento do povo de Deus, vai se transformar em um processo de beatificação da Serva de Deus Nossa Mãe, outra benção para Três Pontas, que pedia para aquela mulher de pequena estatura, mas de coração enorme, suas orações e conselhos.
EXUMAÇÃO
Os restos mortais foram retirados do túmulo no Cemitério. Fechado ao público, alguns religiosos participaram. Foram quatro irmãs do Carmelo, os padres Vânis, Ednaldo e Rogério, pedreiro e mestre de obras, e policiais militares que ajudaram na segurança do traslado. Da Diocese da Campanha, Dom Diamantino Prata de Carvalho que fez as orações durante a abertura do caixão. De Roma o postulador da Causa, Dr. Paolo Villota já está na cidade e participou do ato. Quando chegou ao Carmelo, os sinos soarem o que chamou a atenção dos vizinhos, que pararam em frente ao prédio e do grupo de oração Kerigma, que se reúne todos os domingos a noite na capela.
Durante aquela semana, os ossos passaram por tratamento para não deteriorarem. Eles foram colocados em uma capela mortuária, construída anexo a igreja do Carmelo. O local que já está pronto tem entrada independente ao público, sem interferir na rotina da Casa e fica aberta o dia todo.
A obra coordenada pela arquiteta Daniele Figueiredo Brito Barbosa, explicou às irmãs, quais os significados de cada item usado na edificação. No fundo do vidro há um crucifixo, com uma parede toda de pedras portuguesas brancas, representando o povo de Deus. As paredes são de madeira, significando a vida de austeridade do Carmelo. O chão é todo de granito com algumas manchas escuras, representando o mundo de hoje, tão conturbado, cheio de problemas, como a miséria e a violência; contou Irmã Vânia. O túmulo é todo branco, significando a vida de santidade e pureza de nossa Mãe, que dentro do Carmelo, conseguiu enxergar o povo de Deus.
PROCESSO
Para cuidar do processo de beatificação, Dom Diamantino nomeou duas comissões - um Tribunal Eclesiástico e a Comissão Histórica, com cargos e posições definidas dentro da Diocese. O juiz delegado padre Ednaldo Barbosa, o promotor padre Rogério Silva e o notário Ronaldo Frigini de São João da Boa Vista já com experiência em processos de beatificação que já começou a trabalhar, ouvindo testemunhos sobre a Madre, começando pelas irmãs de outras comunidades que já estão hospedadas no Carmelo São José, formam o Tribunal Eclesiástico. A notária é irmã Maria Luiza. A Comissão Histórica, encarregada de procurar os escritos, reportagens veiculadas na imprensa, cartas, presentes e recordações, tem como responsável padre Vânis Vieira, irmã Elisabeth e a sobrinha da Serva de Deus, Carmem Sylvia Marques de Carvalho, que seguiu as orientações do postulador Paolo Villota, e já está digitando documentos, comentários, versos, poesias e cantos. A priora, aproveita para mais uma vez pedir ajuda da comunidade, já que foram poucas coisas da Madre Tereza que foram levados ao Carmelo para ser incluso no processo. “Quero deixar bem claro que nada disso será divulgado, nem vai aparecer o nome de quem recebeu uma correspondência com conselhos dela, pois podemos encontrar coisas sobre a intimidade das pessoas. Precisamos e ter em mãos, a sua forma de atuação”, explicou irmã Vânia.
Roger Campos
Assessoria de Comunicação
Prefeitura Municipal de Três Pontas
por Roger Campos / Assessoria de Comunicação